terça-feira, 24 de novembro de 2009

POESIA URBANA

terça-feira, 24 de novembro de 2009








FOME
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As mõas calejadas do sertão
tiram a comida do chão
tudo é seco, tudo é grão
- chuva não molha não!

Os olhos cansados enxergam pela porta
nos olhos tristes da criança
o verde morto da esperança
da plantação morta.

Das palavras, vem a fé
as rezas são pela terra
e das estrelas nada se vê
além do pavor da longa espera.

O agreste virou mar
são animais cataverícos
são as doenças da desnutrição
são as morte...

Do céu gotas não cai
mas do avião sai
política da fome na busca do voto
político de promessa em ano de eleição.

Enquanto isso no nordeste
a fome impera
na nação dos desvalidos
esquecidos no país.
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Leon Danon

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