sábado, 19 de dezembro de 2009

sábado, 19 de dezembro de 2009



O IMPACIENTE TERMINAL

Minha mente inquieta,
me faz ás vezes brutamontes,
ás vezes poeta,
um impaciente terminal
vulnerável à aporrinhações
e sem blindagem no saco escrotal...

Pavio curto, tolerância zero
que decreta guerra aberta
com vigilância, atenta, esperta
distância de certas sacanagens é o que quero...

O impaciente terminal não tolera,
não compactua, não “joga pra galera”
não faz média, não finge, não falseia
não se torna agradável
para ser palatável ao deguste dos canalhas,
para depois envergonhado não ter que cinicamente dizer:
“perdoem à nossa falha”...

Vira o canal quando aparece na tela
os “detonas”, “os varíolas”, “os panelas”...
os que trazem fome e sangue nas bocas médias, pequenas e grandes
que adoram uma boquinha - Bocas de rinoceronte em gente de alma miúda -
Que causa asco na vestimenta moderna de carrasco
politiqueiros e engravatados de fome graúda
Insaciáveis, insensíveis, miseráveis

O impaciente terminal não é um homem-bomba
por ser radical,
usa o isolamento como vacina,
a distância que protege do convívio que contamina
No ar que não pode com eles ser compartilhado
por serem fontes que deixam o horizonte
infestado...

Ser impaciente terminal é lutar pra ser coerente
é tentar trilhar decente
nos caminhos cada vez mais difíceis
dessa vida doente...

Kraniometálico, 17 de dezembro de 2009

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